Muito prazer, meu nome é outono.

5.11.10

Sobre amigos, os meus.


Há quem diga por aí que o amor é, de todos os sentimentos, o mais difícil de se definir. Eu discordo. Em primeiro lugar, porque não o acho assim tão importante. Em segundo lugar, porque só existe um tipo de amor. O que te faz ter arrepio na espinha, frio na barriga e coração acelerado. Só existe aquele que vai te levar às alturas, te fazer morrer de rir e reviver as borboletas no teu estômago. É só ele o cara da sua vida... Por mais que seja o quinto cara da sua vida. Além disso, toda vez que o amor acaba, acaba em decepção, choros e velas.
É por isso, caros leitores, que declaro: é a amizade o sentimento mais difícil de se definir, embora seja, de fato, o mais delicioso de se conquistar.
São meus amigos os inúmeros tipos, cores, raças, preferências, programas, cabeças, opiniões. Só eu tenho amigos cabritos, amigos lindos, amigos loucos, amigos amores, amigos nerds, amigos queridos, amigos de infância, amigos em minutos, melhores amigos, amigos babacas, amigos fofos, amigos pras festas, amigos pro álcool, amigos pra igreja, amigos pra apresentar pra família, amigos pro cinema, amigos da faculdade, amigos do prézinho, amigos pro verão, amigos ruivos, amigos à distância, amigos de internet... É. Acho que é isso. Amigo pra caralho. Tem os que eu não abro mão, os que não abrem mão de mim, os que eu vejo todos os dias, os que eu só vi uma vez, os que eu nunca vi. E nenhum é sequer parecido com o outro. Não consigo igualar as amizades, as histórias, as experiências.
São os meus amigos que me ajudaram a carregar o mundo nas costas quando ele caiu; foram eles quem secaram as minhas lágrimas, me emprestaram dinheiro, me deram abrigo (e banho), me abraçaram pra eu chorar; são eles que matam (e vão à) academia comigo, rezam por mim; são eles que se orgulham, se preocupam, brigam, abraçam, beijam, voltam, dão porrada.
Fica aqui registrado que eu pretendo homenagear cada um de vocês individualmente por esse ou por qualquer outro meio. Mas enquanto falta tempo, disposição e inspiração... Fica aqui um brinde conjunto.
À todos vocês, que me aguentaram chorar, enfiaram o dedo na minha garganta, olharam pras estrelas e tomaram sorvete até não aguentar mais. À todos que já me fizeram morrer de rir, já me pegaram no colo e já secaram as minhas lágrimas.
Cansei de colocar nas minhas palavras não escritas esse sentimento inestimável... Termino, então, com uma frase do meu poeta favorito:
"Poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
" (Vinícius de Moraes)

(Gabriela declara: ao contrário do amor, a amizade não pode ser substituída por álcool).

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