Muito prazer, meu nome é outono.

1.11.10

Letrinhas e letrinhas

Amo escrever. Confesso que não queria ser jornalista, exatamente... Mas não existe faculdade pra escritor. Sei o que quero fazer da vida desde os seis anos de idade, quando resolvi reescrever "A Bela Adormecida".
Reportagens, poesias, crônicas, dissertações, frases, bulas, sortes do dia, horóscopos, romances, novelas, diários, biografias... Escrever é antes de tudo observar - o dia-a-dia, as pessoas, os barulhos. É a arte de criar - de ir a um lugar diferente (ou ver a outra realidade do mesmo de sempre), esquecer as preocupações (ou resolvê-las), de colocar outro nome em gente de verdade. Há quem diga que um cronista não é um profissional. Não os culpo. Entretanto, a real diferença entre um cronista (ou romancista, ou poeta, ou escritor) e um jornalista... Não existe! Ambas as profissões exigem palavras bem escritas, pontos, vírgulas, dois pontos, travessões, personagens, citações. O Aurélio define escrever como "v. tr., representar por caracteres ou sinais gráficos; redigir; grafar; compor (obra literária); dirigir carta a; corresponder-se; cartear-se". Assim, cada junção de palavras originais é uma 'obra literária' única. E esse é o verdadeiro prazer da escrita. A criação. Tornar o Caos, o Cosmos.
Escrever é complicado, mas só para quem não gosta. Eu gosto. É uma distração incrível, repleta de orações coordenadas, subordinadas, travessões, sinônimos, analogias, três pontos, ponto final.

(Gabriela também considera escrever seu esporte preferido, mas não quis parecer sedentária.)

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