Muito prazer, meu nome é outono.

20.10.11

Sobre sexo. E sexo, e sexo, e sexo

- Se o feminino fodesse, e o masculino fizesse amor, sexo não seria sexo – Beatriz ponto finalou, como se aforismos encerrassem discussões.
- Porque, pensa bem, Gustavo... E olha que eu não sou feminista não... Mas imagina se a minha mãe... Não, não, melhor, imagina se a sua mãe saísse por aí fodendo. Que escândalo! O verbo é feio demais. Vulgar, cê não acha não?
-...
- E imagina se o seu pai... Não, acho que nesse caso é melhor o meu pai, vai sair por aí “fazendo amor” com alguém. É muita viadagem, né?
-...
- E não vá achar que eu to sendo homofóbica, hein? Gay também é homem e, portanto, também fode. Não é a orientação sexual que define... Nesse caso, é o sexo mesmo. Que que cê tá me olhando com essa cara?
-...
- Ah, se gay não pode fazer amor? Bem, não sei... Tenho medo de pensar sobre o assunto. Se com uma menina, vocês já não pensam direito no lado emocional da coisa, homem com homem deve ser só a bagaceira. Mas acho que duas meninas, sim, são capazes. Mais que capazes. Aliás, deve ser uma coisa linda de se ver: amor em dobro.
-...
- O que? Já disse, não sou feminista. Nem sapatão, sai pra lá. Só estou, aqui, constatando o que eu, você, todo mundo sabe: o feminino faz amor. O masculino fode. Sexo é sexo. E, bem... Sexo também é sexo.
-...
- O que, vai dizer que discorda, agora? Eu aqui tentando achar motivos pra te perdoar, e você aí, balançando a cabeça? Concorda comigo uma vez na vida, homem. Concorda, vai. Diz bem alto: a Beatriz está certa.
-...
- Mas que saco, Gustavo, eu já te peguei no flagra. Com o rabo dela entre as suas pernas. E o seu sabe-se lá aonde. Não precisa mais negar.
-...
- Mas também não vem me contar dizendo que tava “fazendo amor” com a vadia. Você tava fodendo. FO-DEN-DO. Ela, tadinha, que tava fazendo amor contigo.
-...
- Só concorda, vai. Quem sabe eu não te perdoo?